terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Museu Nacional de Arte Antiga - Exposição Guerreiros e Mártires

 A Cristandade e o Islão na formação de Portugal

Bocal de poço

Período Almoada Sec- XII / XIII

Cerâmica policromada decorada a corda seca.

Local - Cadiz , Espanha

Os bocais de poço em cerâmica vidrada faziam parte do ambiente domestico dos palácios e das casas mais abastadas.

A sua decoração podia variar mas os motivos mais comuns eram os geométricos, arquitectonicos e mesmo motivos florais ou epigráficos, representações zoomórficas ou apotropaicas também apareciam embora sejam menos comuns.

Fotos - José Alberto Ribeiro







terça-feira, 8 de setembro de 2020

A representação figurativa no mundo Muçulmano

                                   


                                     

" Bendito seja o Aquele que concedeu ao profeta Maomé belas ideias para decorar as suas mansões"

Ibn Zamrak


Em nenhuma parte do Corão se proíbe a representação figurativa, apenas existe um cuidado em não voltar ao antigo paganismo. Antes da criação do Islão existia na Síria e Ásia Menor uma certa tendência para suprimir a representação figurativa em prol da representação floral ou mesmo geométrica.

Esta tendência em suprimir a representação figurativa vem desde os tempos dos "hadices ( أثر )" de tradição oral na época Abassida em que realmente se insiste na intenção de evitar a idolatria uma vez que o culto deve ser feito só e só a Deus.

                                               

Na realidade a representação artística figurativa está presente no Islão desde os tempos mais remotos, a própria Kaaba aquando da sua remodelação, devido ao seu estado ruinoso, na época de Maomé no ano de 608 estava enfeitada nas paredes e tectos de pinturas (suwar) com profetas, árvores e até anjos. Nos seus pilares da porta estavam representados o profeta Abraão assim como Maria com jesus ao colo.

Com o passar dos tempos as representações figurativas foram se afastando dos edifícios religiosos passando então para a esfera privada das habitações. Regra geral a representação figurativa, entre as quais a humana, permanece durante o séculos seguindo cada um dos períodos do poder Muçulmano.                                         

                                           

 A tradição clássica encontrada na Península Ibérica e a a tradição que foi trazida do Oriente unem-se para mostrar temas com imagens da vida em que são narradas cenas da vida na corte assim como cenas de caça ou jogos ou mesmo músicos. è graças a este testemunhos que chegaram ate aos dias de hoje que é possível mais sobre os protocolos oficiais , a vida quotidiana, formas de vestir e a sua evolução. A variedade de animais representados é grande assim como os suportes onde estavam representados tais como armamento, azulejos, tecidos e peças em bronze. As representações figurativas não aparecem só na arquitectura, elas estão presentes nas primeiras peças de cerâmica dourada época Abassida e que tiveram continuação no Egipto até peças de uso quotidiano   como são as figuras femininas usadas em amuletos ou mesmo em brinquedos. 

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Durante o período Fatimida a sua cerâmica dourada também usou a figuração como um dos motivos decorativos. Algumas peças representam figuras femininas tocando instrumentos musicais e mostrando assim aspectos da vida quotidiana tais como adornos, penteados a forma de vestir ou mesmo ate de se sentarem, como adornos complementares das peças era possível ver ainda elementos vegetais .


Fonte - Purificación Marinetto Sánchez /  2020

             Junta de Andalucia - Consejeria de la Cultura y Patrimonio Historico de la Alhambra e                                                              Generalife

Fotos - José Alberto Ribeiro / Museo de Alhambra ( foto de cerâmica dourada)

                   

quinta-feira, 30 de julho de 2020

Castelo de Paderne de portas abertas em agosto e setembro





Em Agosto e Setembro, as quartas-feiras são dias de visitar o Castelo de Paderne, com as portas a abrirem-se às 9h30 e fecharem às 13h, sendo uma excelente oportunidade para conhecer um dos mais interessantes monumentos da História da região, numa iniciativa do Município de Albufeira.

A 100 metros de altitude, o Castelo de Paderne marca bem a sua presença na paisagem. Situa-se numa espécie de península formada pela Ribeira de Quarteira e por vales férteis, com abundante produção agrícola, numa zona estratégica, entre o Litoral e o Barrocal algarvio e entre Loulé e Silves. Foi construído no século XII durante o domínio Almóada, um período no qual os árabes organizaram um forte sistema defensivo por forma a tentar impedir a política expansionista dos cristãos, política essa iniciada com D. Afonso Henriques e seguida pelos seus sucessores. No entanto, a primeira referência escrita sobre esta construção data precisamente de 1189. Como prova, os trabalhos de arqueologia realizados, demonstraram que a ocupação humana daquele «hisn» remonta a meados do século XII.  

terça-feira, 12 de maio de 2020

Pesos e medidas de origem Islâmica em Portugal




O legado Islâmico no actual espaço Português não deve ser apenas atribuído a expressões, hábitos, costumes e artes e ofícios, foi também muito importante a nível de conceitos reguladores tais como medidas e pesos que ficaram para sempre enraizados na nossa cultura, muitos desses conceitos ficaram enraizados ate finais do século XIX aquando da introdução do sistema métrico decimal tendo a sua expressão maior  nos espaços culturais mais rurais e periféricos das grandes cidades, dois bons exemplos são os alqueires, as arrobas e os arreteis .
Uma das referencias base era o almude do próprio Profeta Muhammad ( Mud Al-Nabi) que assentava na quantidade de grãos ou frutos que cabiam nas duas mãos juntas do profeta.
A herança não ficou apenas no sistema métrico, alargou-se também na forma de generalizar, uniformizar e controlar o uso desses mesmo conceitos.
A Hisba Islâmica, técnica e pratica de aferição no mundo Islâmico, estava a cargo do Al-muhtasib e sua tarefa consistia em fiscalizar os preços ao exame das respectivas mercadorias assim como o controle das medidas padrão e das balanças que os mercadores usavam no seu quotidiano e tentar também regular e castigar os infractores quando eram detectadas medidas menos corretas.




Instituições de controle

Verdadeira herança de uma civilização urbana, toda esta actividade de aferição e controle passou para a administração Cristã do comercio e vida nas cidades surge assim o almotacè ( al-muhtasib).
O almotacè herdou basicamente as funções do seu antecessor Islâmico e existiram desde o reinado de D.Afonso III, sendo criada em Dezembro de 1253 a lei da almotaçaria, e cada concelho tinha o seu responsável, mais tarde ja no reinado de D. Afonso V  foi criado em 1441 o cargo de almotacem-mor do reino com as respectivas funções alargadas sobre todos os almotacès concelhios.
Ligado a estas funções de uniformização e controle de produtos enquanto padrão foi criado o alquiez (do árabe al-qias - regra, medida, padrão) que era os riscos talhados nas pedras normalmente na entrada dos castelos e residenciais senhoriais e ate em igrejas e são disso exemplo os  casos dos castelos do redondo e de Monsaraz.


Pesos

Adarme - Do árabe fonético Ad-dihram era o valor para materiais pequenos ou preciosos no período Islâmico e tinha o valor de 1,79 gramas.

Alukia - Do árabe Al-uqqa, valia no período Islâmico 26,64 gramas e desde cedo perdeu esta denominação passando a chamar-se na monarquia Portuguesa onça, mantendo-se com esse nome até á reforma de D. João VI.

Arretél - Conhecido por Arretêl mourisco ou comum vem do árabe al-ratl. Foi das unidades de peso que mais tempo se mantive na nomenclatura Portuguesa, para alem da sua permanência na tradição oral das zonas mais periféricas, ainda constava na segunda metade do século XX.

Arroba - Do árabe Ar-.ruba foi o valor mais estável da historia de Portugal e valia 14.663 kg, tinha no reinado de D.Afonso V o valor de 14.675 kg.

Metical - Do árabe Mithqal vulgarizou-se como um oitavo de onça e tinha o valor de 3,58 gramas.

Quilate - Do árabe Quirát, ainda hoje tem a mesma designação e é usado para medir ouro e pedras preciosas. O seu valor foi alterado em diversas ocasiões. No período Islâmico o seu valor era de 0,89 gramas.

Quintal - Do árabe Quintar, valia no período Islâmico 58.654 kg, a sua designação manteve-se ate os dias de hoje em que vale 100 kg.


Capacidade ( Líquidos)

Alcadafe - Do árabe Al-qadah era um valor de articulação entre os líquidos e os secos e tinha os valores de 18 litros para 14,663 kg.

Almude - Do árabe Al-mudd, o primeiro almude foi o Mudd al-nabi (do profeta), valia 610,96 gramas e 0,75 do litro e foi este o sistema base para todos os pesos e medidas de capacidade no mundo arabo-Islâmico. O seu valor era de 2,44 kg para três 3 litros e correspondia a 4 almudes do profeta no Al-Andaluz.

Quayra - Do árabe Kayla ( medida) é um termo divergente do alqueire e era usados para secos e líquidos. valia nos primórdios da monarquia Português o equivalente ao valor Islâmico que era de 7,33 kg para 9 litros.

Tagra - Do árabe Taghar valia aproximadamente 1,5 litros e a sua designação foi desaparecendo e deu origem á canáda.


Capacidade (Secos)

Alqueire - Do árabe Al-kail valia 3,665kg ou 4,5 litros no período Islamismo. Sendo medida de secos, os litros secos foram entendidos enquanto conceito semelhantes á arroba no entanto sendo medida maioritariamente de litros secos foi com ela que sempre se mediu o azeite e o mel.

Cafiz - Do árabe Qafiz, no período Islâmico existiam dois tipos, o grande e o pequeno.
O grande correspondia ao quintal com 58,653 kg para 72 litros e o pequeno tinha o valor de duas arrobas , ou seja, 29326 kg para 36 litros.

Fanga - Do árabe Faniqa era a unidade articular, nos secos, equivalente á arroba e ao Alcadafe e tinha o valor de 14,663 kg para 18 litros. Correspondia a duas taligas e 4 alqueires.

Maquia - Do árabe Makila, correspondia no mundo Islâmico a 916,4 gramas para 1,125 litros.
Na expressão popular o termo passou a designar a quantidade que os moleiros e os lagareiros tiravam para si de uma quantidade recebida como pagamento pelo seu trabalho , digamos que era a sua percentagem.

Taliga / Talega - Do arabe Tá-liqa tinha o valor de 7,33 kg para 9 litros.Na reforma de Dom . Manuel foi equiparada ao alqueire fazendo desaparecer assim o grande desajustamento das taligas.

Salamim - Do árabe Thamani correspondia no período Islâmico a 458,2 gramas por 0,562 litros


Medidas de Comprimento ou Lineares

Côvado - Derivado do latim Cubitus, media 0,557 m ou perto dessa medida. Ainda hoje estão á vista nos castelos de Monsaraz e do Redondo os seus côvados que são respectivamente 0,555 m e 0,553 . Não existem registos de até quando esteve em vigor pois no tempo de Dom. Manuel o valor do côvado foi alterado para 0,66 m.

Vara - Aparece também referida nos castelos do Redondo e de Monsaraz junto ao côvado com a medida de 1,10 m, valendo portanto 2 côvados exactos.

Braça - Tinha a medida de 2,20 m, ou seja 4 côvados exactos, ou duas varas e manteve-se com esse valor ate á introdução do sistema decimal. Este valor correspondia ao Bà árabe.


Medidas Agrárias

Adival - Do árabe At-tiwal, era uma corda de carro e media 48 côvados, ou seja 28,4 m e servia para medir terrenos. O termo adival aplicava-se também a um terreno com 2304 côvados quadrados e correspondia a 697 m2.

Alqueire de Terra - Medida de superfície com 15625 palmos quadrados ou 568 m2.

Fanga de Terra - Tinha uma area de 2275,25 m2, que levava de semeadura o equivalente a 4 alqueires ou 58,754 litros de semente.

Fonte - Pesos e medidas de origem islamica em Portugal ( Notas para o seu estudo) de António Rei

Foto - Google

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Algarve vai ter Museu Arqueológico Virtual



O Museu Arqueológico Virtual do Algarve, uma ambição antiga da Rede de Museus do Algarve, vai mesmo avançar, depois dos primeiros passos terem sido dados ao longo dos últimos dois meses, culminando na parceria estabelecida com o Museu Nacional de Arqueologia. Começaram, por isso, os trabalhos, centrados nos sítios identificados e nos materiais recuperados por Sebastião Phillipes Estácio da Veiga no âmbito da sua carta arqueológica para a região algarvia, que resultou na abertura do efémero Museu Arqueológico do Algarve e na produção da volumosa obra Antiguidades Monumentaes do Algarve.

Desde meados do século XIX que há recolhas de espólios em sítios arqueológicos da região por parte de investigadores portugueses e estrangeiros. Estes conjuntos, nalguns casos numerosos, integram acervos de museus de fora da região, em especial o do Museu Nacional de Arqueologia. A sua segmentação em coleções menores com vista à incorporação nos museus da geografia de proveniência é uma perspetiva improvável, atendendo à importância que estes assumem como coleções representativas de campanhas de exploração arqueológica pioneiras em Portugal. Não obstante, muitos destes bens culturais são representativos da ocupação humana no território algarvio em diferentes cronologias e não se encontram musealizados, estudados ou sequer inventariados.

Partindo da máxima «Passado virtualizado em Futuro», o Museu alojado na Web terá por missão divulgar os «característicos» do passado e da identidade do Algarve que se encontram depositados nesses museus, sistematizando toda a informação associada, consubstanciada na construção de discursos explicativos sobre a evolução dos povos que habitaram o extremo sul do país, dos seus modelos de organização social e atividades económicas praticadas. O aproveitamento da informação disponibilizada pelo Museu Virtual dar-se-á em três níveis: científico, na medida em que a concretização do projeto representa um acréscimo do conhecimento existente para a caracterização da evolução da ocupação humana na região; sociocultural, promovendo a aproximação das populações locais à sua cultura e passado; turística, sendo o Museu Virtual um veículo de atratividade para os distintos visitantes da região algarvia.

O Museu funcionará, deste modo, como plataforma digital que convida a circular e a conhecer o território do Algarve e os seus museus, sítios e monumentos. Será também um repositório para a cartografia e inventário de sítios arqueológicos dos 16 concelhos algarvios, constituindo uma ferramenta para os projetos de investigação e de dinamização cultural que se debrucem sobre o património arqueológico regional. O projeto é estruturado em fases, seguindo-se, agora, a de levantamento e inventário das coleções reunidas por Estácio da Veiga que se encontram à guarda do Museu Nacional de Arqueologia, tanto as que o próprio depositou, como as que José Leite de Vasconcelos, criador e primeiro diretor da instituição, adquiriu posteriormente. Este trabalho será levado a cabo em parceria pelos técnicos dos municípios algarvios e da Direção Regional de Cultura do Algarve, que integram o grupo de Arqueologia da RMA, e suportará uma candidatura a fundos comunitários aquando da abertura de programas de salvaguarda e valorização do património cultural.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Museu do castelo de São Jorge


Cerâmicas do período Islâmico sec- XI / XII
Azulejos de revestimento com técnica de aresta importados do sul de Espanha sec - XVI ( 1ª metade)
Musica - Luís Delgado - La Aurora Nocturna
Fotos - José Alberto Ribeiro

terça-feira, 7 de abril de 2020

Ribat do Alto da Vigia








Em 2008 durante as escavações de um sancturario Romano dedicado ao sol e à lua trouxeram à luz do dia vestígios de um importante ribat ( convento Islâmico) na foz da ribeira de Colares.
Essas escavações revelaram ainda a existência de inscrições, assim como aras ( monumentos votivos em forma de altar) com inscrições em latim e em grego que testemunham a existência de um local com um importante sanctuario Romano tal como ja tinha sido referido no século XVI por Valentim Fernandes e Francisco d´Hollanda.
Este foi o segundo ribat a ser descoberto em território nacional e é semelhante àquele que foi intervencionado em Aljezur, na Pinta da Atalaia.
Este ribat teve ocupação desde o século VIII ate ao século XII e era composto por varias construções em que uma delas tinha um mirhab, nicho que indica a direcção de Mecca e com a quibla a sudeste, tratando-se assim de uma pequena mesquita que em tudo era semelhante aos oratórios dos eremitas Cristãos.




Foram escavados vários silos estando um deles na sala do mirhab, o resto dos silos encontram-se a nascente e constituem um conjunto de tres que foram abertos no substrato e estão enquadrados em contexto Islâmico e são mais antigos que a necrópole mas mais recentes que as restantes construções.
Na sua sua construção foram utilizadas lapides Romanas assim como outros materiais em pedra, hoje em dia no lugar dessas lapides foram colocadas replicas que estão pintadas de cor de rosa.
A presença de materiais de utilização quotidiana, tais como cerâmicas e objectos de uso comum é bastante residual no que refere á ocupação Islâmica.




A cronologia desses materiais aponta para o século XII que assinalam provavelmente a fase final da sua ocupação. Foram ainda encontrados restos de conchas e vestígios de fogueiras indicando assim o aproveitamento dos recursos marinhos disponíveis.
As construções do período Islâmico estão bastante destruídas devido á reutilização dos elementos petreos noutras construções de data mais recente. Em algumas partes das escavações são ainda visíveis os negativos conservados na argamassa dos alicerces onde assentavam assim como pedras mais pequenas utilizadas como cunha dentro das valas das fundações, sendo provável o aproveitamento daqueles materiais na construção da torre de facho do seculo XVI.
Para alem das construções foi ainda revelada uma necrópole com varias sepulturas sem qualquer tipo de vestígios no seu interior e que podem estar associadas á fase de ocupação Islâmica.










museuarqueologicodeodrinhas.cm-sintra.pt
patrimoniocultural.gov.pt

Fotos - José Alberto Ribeiro

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Musealização dos Banhos Islâmicos de Loulé



As obras de musealização dos Banhos Islâmicos de Loulé, um dos mais completos do seu género no panorama da arqueologia da Península Ibérica e que funcionaram entre os séculos XII e XIII.


A obra vai musealizar este complexo de banhos públicos islâmicos, mas também o paço quatrocentista: uma casa nobre do final do século XV que foi construída por cima dos Banhos.Assim, a intervenção que aqui irá decorrer será realizada dentro da “Casa das Bicas” e o projeto pretende levar a cabo a valorização dos vestígios arqueológicos dos banhos islâmicos, da casa nobre e da muralha medieval e moderna, tornando, inclusive, o torreão aí existente visível do lado das Bicas Velhas.A organização funcional dos espaços vai contemplar uma recepção/átrio, espaço expositivo, espaço para serviços educativos e área exterior de lazer, além da área musealizada, que terá informação no percurso da visita.Organizado no piso térreo, o espaço dos banhos deverá manter-se delimitado pelas estruturas que permanecem da casa nobre quatrocentista.O projecto vai integrar quatro áreas distintas: a zona de entrada, com um banco onde os visitantes poderão ter um momento de pausa antes ou após a visita ao núcleo, e a entrada interior que articula a recepção com três áreas específicas, respectivamente os espaços museológicos, a sala dos serviços educativos e o núcleo de sanitários.Haverá, ainda, uma terceira zona, composta pela sala de exposição, complementada com um conjunto de informações sobre os banhos islâmicos, a casa senhorial, o conjunto muralha-torreão e, por fim, um quarto espaço complementar, constituído pelo quintalão, ou seja, uma zona exterior onde até está previsto haver projecção de cinema. (...)

A obra de musealização dos Banhos Islâmicos (ou hamman) terá uma componente inovadora: um levantamento 3D que dará ao possibilidade, ao visitante, de conhecer o complexo tal como era. perceber qual foi a evolução daquela zona da cidade ao longo dos tempos», disse Dália Paulo.
(...)