As obras de musealização dos Banhos Islâmicos de Loulé, um dos mais completos do seu género no panorama da arqueologia da Península Ibérica e que funcionaram entre os séculos XII e XIII.
A obra vai musealizar este complexo de banhos públicos islâmicos, mas também o paço quatrocentista: uma casa nobre do final do século XV que foi construída por cima dos Banhos.Assim, a intervenção que aqui irá decorrer será realizada dentro da “Casa das Bicas” e o projeto pretende levar a cabo a valorização dos vestígios arqueológicos dos banhos islâmicos, da casa nobre e da muralha medieval e moderna, tornando, inclusive, o torreão aí existente visível do lado das Bicas Velhas.A organização funcional dos espaços vai contemplar uma recepção/átrio, espaço expositivo, espaço para serviços educativos e área exterior de lazer, além da área musealizada, que terá informação no percurso da visita.Organizado no piso térreo, o espaço dos banhos deverá manter-se delimitado pelas estruturas que permanecem da casa nobre quatrocentista.O projecto vai integrar quatro áreas distintas: a zona de entrada, com um banco onde os visitantes poderão ter um momento de pausa antes ou após a visita ao núcleo, e a entrada interior que articula a recepção com três áreas específicas, respectivamente os espaços museológicos, a sala dos serviços educativos e o núcleo de sanitários.Haverá, ainda, uma terceira zona, composta pela sala de exposição, complementada com um conjunto de informações sobre os banhos islâmicos, a casa senhorial, o conjunto muralha-torreão e, por fim, um quarto espaço complementar, constituído pelo quintalão, ou seja, uma zona exterior onde até está previsto haver projecção de cinema. (...)
A obra de musealização dos Banhos Islâmicos (ou hamman) terá uma componente inovadora: um levantamento 3D que dará ao possibilidade, ao visitante, de conhecer o complexo tal como era. perceber qual foi a evolução daquela zona da cidade ao longo dos tempos», disse Dália Paulo.
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