quinta-feira, 3 de julho de 2014

A cerâmica Emiral no Gharb Al-Andalus - Período Emiral



O conhecimento da cerâmica Islâmica dos primeiros séculos é bastante reduzido devido á ausência de informação estratigráfica, no entanto pode se afirmar que a
ruralização progressiva a que se assistiu na Alta Idade Media pode ter conduzido ao colapso das produções romanas, dando então lugar a cerâmicas de produção menos especializadas.
Grande parte dos objectos de cerâmica eram produzidos em oficinas locais com meios bastante rudimentares, dominava então a cerâmica comum de reduzida
diversidade tipológica e decorativa.
Em relação á época Emiral nos últimos anos foram documentadas cerâmicas de fabrico manual que convivem com olaria ao torno de fabrico bastante rudimentar com barros mal decantados em que a cozedura realizava-se frequentemente em ambiente redutor e alternando a oxidação e redução.
Desta época foram registados alguns exemplos de jarros, jarrinhas, tigelas e caçoilas em sítios arqueológicos como o Castelo de Palmela assim como no castelo de Alferce.
A este período correspondem também os candis de bico cumprido nos quais o bico ainda é pouco proeminente e o gargalo que serve de funil encontra-se ainda pouco desenvolvido.
No que diz respeito às técnicas ornamentais, a mais frequente é a pintura branca ou vermelha traçada com linhas finas.
O vidrado na cerâmica constitui, nesta época uma técnica luxuosa e por isso eram raros os exemplares, ainda assim foram documentados jarrinhos com decoração incisa sob o revestimento vítreo de tons melados, esverdeados ou acastanhados  que devem ser considerados materiais importados do sudoeste Peninsular, região onde começaram a ser produzidos a partir do século XI (...)

A cerâmica Emiral no Gharb Al-Andalus
Susana Martinez

Sem comentários:

Enviar um comentário